Ao apresentar como tema o contexto sociopolítico da monarquia dividida e seus profetas contemporâneos, Marcelo apresenta de maneira sutil o sentido que está nas entrelinhas do papel profético. Os profetas contemporâneos no tempo da monarquia não se alinhavam aos que se embeveciam do poder e muito menos eram meros videntes. A profecia era uma pedra no sapato de quem se sentia inabalável. Sua mensagem não era um conformismo com o status quo.
Essa voz necessária apontava para uma realidade sem se confundir com ela e sem fazer concessões com intuito de obter benefícios. Diferentemente das mazelas em que se encontrava o mundo, a voz dos profetas era como luz no fim do túnel, apontando um caminho a ser seguido. A voz era necessária porque o Senhor já não tolerava tanta injustiça e o povo não aguentava tanto sofrimento.
A situação da segunda metade do século 9 a.C. mostra o quanto um sistema político pode deixar de ser um meio de transformação social para servir a interesses particulares e encontrar na religião uma forma de legitimação.
As narrativas bíblicas não ocultam os pecados pessoais e sociais cometidos pelos reis. Elas revelam e ao mesmo tempo mostram o caminho a ser seguido, através dos profetas e das profecias.
Dr. Leonardo Alvarenga
Israel, Judá e seus Profetas
Autor Marcelo Moura da Silva Ano 2022
Edição 1ª Edição País Brasil Idioma Português ISBN 978-65-00-51669-2 Acabamento Brochura Páginas 128 Comprimento (cm) 23 Largura (cm) 16 Altura (cm) 0,65 Peso (Kg) 0,197